12 março 2009
Sobre a Secretaria de Cultura...
Fui convidado pelo Júlio Prates para uma reunião, no dia 6 de março, que iria discutir a criação de uma Secretaria de Cultura em Santiago. Não compareci à reunião porque não me encontrava na cidade nesse dia. Mas a criação dessa secretaria sem dúvida merece meu apoio, e o motivo é extremamente simples: cultura nunca é demais, e no Brasil sempre há cultura de menos. Quando se julga que um assunto não merece tanta atenção em termos de governo, une-se uma secretaria a outra. Muito melhor seria para a educação e para a cultura que cada uma contasse com sua própria secretaria. Porém, de nada adiantará haver uma Secretaria de Cultura se ela for apenas de fachada, apenas para constar e para se dizer: vejam, temos uma Secretaria de Cultura. E muito menos deve tal secretaria ser dominada por alguns poucos que se julgam "donos" da cultura em Santiago, coisa muito comum de acontecer em nossas terrinhas de coronelismo rançoso. Espero que seja uma Secretaria de Cultura para todos, não para aqueles de sempre...
Este problema da cultura concentrada em uma elite está bem presente em todos os lugares, infelizmente. Tomará que aí de certo, pois nas cidades auqi em volta ocorre que nem sempre são divulgados os eventos, ou os mesmos se repetem muito por se concentrarem aos mesmos "grupos" de pessoas. Por exemplo na fundação municipal direto há apresentações, de vez em quando exposições, mas na única vez que fui notei que o público era bem restrito, apesar deles receberem verbas e tudo inclusive os petiscos e a champagne ser de graça. Tenho impressão de que querem manter só o público que teria grana para pagar a classe mais privilegiada da cidade e umas poucas pessoas de classe média, por isso não divulgam muito e nem fazem questão. Não que o pessoal da periferia fosse comparecer, poucos iriam com as apresentações que há lá, mas se houvesse diversidade. Com apoio da prefeitura...sustentamos que não precisa. Tomará mesmo que aí não vire fachada como em muitos lugares por aqui!
ResponderExcluirA cultura será de todos, quando todos sentirem a necessidade de fazer parte dela. Infelizmente, apenas uma minoria se importa com essas questões e recebe como bônus o ônus.
ResponderExcluirAbraço.
Tem certas madames que sairam ontem do anonimato, pelos vieses mais deploráveis das sociedades decentes, e já se acham em condições de falar em nome da cultura dessa mesma sociedade. Só aqui em Santiago que esse tipo de escadinha ainda funciona.
ResponderExcluirA quantidade de cultura de um povo é difícil de ser medida. Até por que ela é subjetiva e se encontra no âmago do que chamamos de "povo". Entretanto, a sua medida é observada pelos produtos e obras, além de uma determinada "aura" que existe na coletividade. Devemos sempre defender a difusão da cultura, mas nunca devemos buscar ser o seu dono. Parabéns pelo texto, gostei muito!
ResponderExcluir