13 novembro 2008

Um Errado

lamento
e sinto
mas eu sou um erro
e erro
por sentir
e errar sem rumo
em tudo aquilo que não sou
e no meu absurdo mundo
os teus fortes são fracos
e eu caminho e me iludo
e por nenhum caminho eu vou
porque eu sou um errado
eu amo a lua
no escuro lado
e eu cuspo sangue
nos copos que tu me alcanças
e eu solto corvos
nas luzes que tu me ensinas
são todas insensatas
são sempre insanas
as minhas sinas
desprezo os teus acertos
odeio o que tu amas
eu morro na tua vida
a noite negra de tormenta
é a minha preferida
não me fales do que é certo
eu acerto só no erro
e esse teu claro sucesso
nada vale a um poeta:
é insosso! é pequeno!

da boca de quem amo
quero um trago de veneno...

Um comentário: