26 agosto 2015

O absurdo (des)governo de Sartori poderia ser tema de um romance de Kakfa

Franz Kafka, gênio da literatura, é considerado o Rei do Absurdo. Romances como "O Processo" e "O Castelo" são bíblias da Literatura Fantástica. Ao mesmo tempo, constituem libelos contra a opressão, a tirania e a injustiça da vida moderna. Em "O Processo", por exemplo, um homem é acusado, processado e julgado por alguma espécie de crime que ele nunca vem a saber qual é. Ele é julgado sem saber o que fez. Nem mesmo seu advogado fala a ele. O romance se desenvolve numa atmosfera de pesadelo e irracionalidade, onde absurdos acontecem como se fossem absolutamente normais.

Parece o que vivemos hoje no RS, com o governo de Sartori. Os servidores estaduais e serviços básicos à população, como Educação, Saúde e Segurança estão sendo castigados sem que fique claro o real motivo do fato. Sim, por que qual é mesmo o motivo? Não há dinheiro? Se não há dinheiro, por que Sartori (nem o chamo de governador) concedeu, de INÍCIO, aumento a todo seu secretariado, deputados, seu vice, a si mesmo (depois recuou, por vergonha), concedeu bônus de 8 mil reais a seus CC's, nomeou centenas de CC's e FG's e não pressiona nem o Legislativo nem o Judiciário para cortar despesas, tanto é que a Assembleia Legislativa acabou de aprovar um aumento das diárias dos deputados e seus servidores. Então, não há dinheiro?

Expliquem-me então este absurdo, non sense total: não há dinheiro para serviços básicos da população que paga impostos, mas há de sobra para quem não precisa de mais dinheiro?

Então, quer dizer que Educação, Saúde e Segurança eram prioridades para o Sartori, mas são o primeiro a serem cortados? Creio que não entendemos direito. Eram prioridades PARA O CORTE.

Querem outro absurdo? Sartori fechou secretárias, como a da Política para as Mulheres, mas criou uma secretaria para a SUA mulher. 

Outro absurdo? Sartori alega ter os cofres do estado vazios, mas não está nem aí para a Sonegação Fiscal. Ou seja, é melhor cortar dos serviços básicos, do que cobrar de empresários desonestos. 

Outro absurdo? Digamos que realmente não houvesse dinheiro e todos esses aumentos aos privilegiados que Sartori concedeu não houvesse sido concedidos. Ainda assim, para áreas prioritárias, o governador, se o fosse, poderia usar o dinheiro dos depósitos judiciais, o que já foi autorizado pelo Legislativo, e o Judiciário abriu mão de metade dos juros. Ou seja, Sartori diz não ter dinheiro, mas não quer usar o que tem. Hã? Como assim?

Então, em meio a tantos absurdos kafkianos, o que realmente quer Sartori? Quer criar um clima de caos para aprovar suas medidas contra o povo, como aumento de impostos. Quer desmontar os serviços públicos para "provar" que eles não prestam e de devem ser privatizados e terceirizados. Quer colocar a sociedade contra os servidores públicos, deixando a entender que eles oneram o estado e são os responsáveis pela crise. Enfim, Sartori quer entregar o estado à iniciativa privada, que é quem sustenta o seu desgoverno.



Um comentário:

Anônimo disse...

Nossa! quanto tempo que não venho aqui...
Me peguei pensando em alguns versos que li por aqui, já faz alguns anos, resolvi passar e que bom que está atualizado!! não me canso de ler...
Voltarei em breve!

Att

Lady