28 junho 2015

Cacem o Resto

Peguem meus versos e matem a pauladas
sujem em fluídos de todas as mortes,
deixem aos pedaços pingando dos cortes,
e enterrem as artes, não servem pra nada.

Joguem no lixo da Terra acabada,
cacem minha alma em covardes esportes,
juntem com a noite da velha má-sorte,
chutem os poetas das altas escadas.

Aplausos à arte são risos mentidos,
e todo artista que se acha mui útil
já vê seu vasto nas ruas cuspido.

Homens só louvam imbecis, o que é fútil,
o verme e a merda. Tudo ânsia perdido:
teu ato morto de um sonho que é infértil.

Um comentário:

Anônimo disse...

Sua capacidade para escrever é incrível! Cada vez que leio suas postagens me surpreendo, é realmente facinante. Gosto muito de escrever, mas só para mim, seu modo de escrever, sua intensidade com as palavras, suas convicções, na minha opinião, inquestionáveis, seu modo sincero, profundo e único, me inspiram, Al Reiffer.