03 maio 2015

Ciência prova que poesia é melhor para o cérebro que autoajuda. A próxima obviedade a ser provada é a de que gatos miam.

A ciência, não poucas vezes, é risível. Agora "provou" que poesia é mais útil para o cérebro que autoajuda. Como escrevi no título da postagem, isso é tão óbvio quanto o fato de que gatos miam e cachorros latem. A não ser que haja alguma aberração por aí modificada geneticamente.


A começar que nem é comparável autoajuda com poesia. A poesia é a mais alta, a mais nobre das artes literárias. Autoajuda nem é arte, é lixo. Mas vamos ver o que diz a nossa ciência óbvia:



"A leitura de obras clássicas estimula a atividade cerebral e ainda pode ajudar pessoas com problemas emocionais, diz estudo.

Ler autores clássicos, como Shakespeare, Fernando Pessoa, William Wordsworth e T.S. Eliot, estimula a mente e a poesia pode ser mais eficaz em tratamentos do que os livros de autoajuda, segundo um estudo da Universidade de Liverpool.

Especialistas em ciência, psicologia e literatura inglesa da universidade monitoraram a atividade cerebral de 30 voluntários que leram primeiro trechos de textos clássicos e depois essas mesmas passagens traduzidas para a "linguagem coloquial".

Os resultados da pesquisa, antecipados pelo jornal britânico "Daily Telegraph", mostram que a atividade do cérebro "dispara" quando o leitor encontra palavras incomuns ou frases com uma estrutura semântica complexa, mas não reage quando esse mesmo conteúdo se expressa com fórmulas de uso cotidiano."

O texto na íntegra pode ser conferido aqui.

Um comentário:

Ana Bailune disse...

Já eu acho que tudo o que já foi escrito até hoje, e tudo o que será escrito, e lido, foi, é e será autoajuda. Inclusive a poesia.
Abraços!