13 julho 2014

A Verdadeira Alemanha: não a de Hitler, mas a de Beethoven, de Brahms, de Goethe, de Bach, de Kant, de Einstein...


Eu não deveria ter trocado de palpite. Escrevi em 17 de junho:
"O Brasil foi tricampeão do mundo em 1970 e tetra em 1994, 24 anos depois. A Itália foi tricampeã em 1982 e tetra em 2006, 24 anos depois. A Alemanha foi tricampeã em 1990. Fica a pergunta: a coincidência da "transição" dos tris para os tetras prosseguirá, e a Alemanha será tetra em 2014, 24 anos depois? A julgar pelo seu jogo de estreia, com a goleada que humilhou Portugal, é bem possível. Aliás, é o meu palpite. Alemanha tetra."

Cumpriu-se a profecia da "Transição dos Tris para os Tetras".

Depois, antes da final, decidi mudar meu palpite, com muitas dúvidas, apostei na Argentina. Único palpite que errei, a final. Mas tudo bem, a Alemanha venceu com méritos, e estou contente com sua vitória, pois sou um admirador do povo alemão, não dos nazistas, como muitos babacas por aí, mas pelos reais grandes homens e gênios.

Achei algo completamente imbecil as piadinhas com Hitler após a goleada da Alemanha sobre o Brasil. Por que logo o Hitler comemorando, enquanto há tantos outros homens muito maiores e mais representativos da Alemanha e da sua grande nação? Por que não Beethoven? Ou Bach? Ou Goethe? ou Kant? Ou Einstein? Ou o meu amado Brahms? Ou tantos outros, na música, na literatura, na pintura, na filosofia, na ciência?

Por que não a Alemanha de Wagner, de Schumann, de Mendelssohn?
Por que não a Alemanha de Heine, de Novalis, de Rilke?
Por que não a Alemanha de Mann, de Hesse, de Schiller?
Por que não a Alemanha de Grünewald, de Dürer, de Altdorfer?
Por que não a Alemanha de Brecht, de Schopenhauer, de Hegels?


Esses homens, e tantos outros, merecem estar junto com a imagem vitoriosa da Alemanha, não Hitler. Parabéns, grande povo alemão.

2 comentários:

RedViolin disse...

Bravo! Fiquei imaginando se Bach seria entusiasta do soccer, caso já existisse no séc XVIII. Ele era tão ocupado... mas acho que bateria uma bolinha com os filhos quando possível, afinal sua prole era um verdadeiro time de futebol.
E Beethoven, no auge de sua maturidade no séc XIX? Creio que teria até composto hinos para alguns clubes europeus.
:-)

Regina Magnabosco disse...

Você se lembrou. de muitos nomes verdadeiramente geniais e que são motivo de orgulho pra a Alemanha, mas a maldade de Hitler foi tamanha, que o nome dele acaba sendo um registro assim tão forte. E o esporte acaba mesmo sendo, digamos, uma sublimação da guerra, uma disputa "pacífica" entre nações.
Gostei da sua postagem.
Abraço!