26 janeiro 2014

O Fatal do que é Limite

desde aquele auge do sol
que é só o momento de o ser
e tudo o mais é passo à noite...

desde aquele auge instante
é descida que abisma no adiante
ao movimento lento
que te não sustento
desde a queda treva
do fechar cadente
do silente da pálpebra
desde o que é céu
ao que é trágica

desde aquele alento forte
alento denso vasto
em esperança de vastado
( aquele alento forte)
aquele alento último
que precede a morte

desde aquele alento-ápice
o fatal do que é limite
a quietude antes da tormenta
o antes do que se decide

o passar ao outro lado
do ponto que é o mais alto
o abaixo do que foi montanha
o balão cujo limite estoura
o reverso do que reluz e doura

a finitude exalando sinais
o não se poder mais nada
e o não se fazer mais
o destino do que sobe
e um dia não se sustenta
o preço batendo na porta
a gordura entupindo a aorta
aquilo tudo
de que não se pode ir além
o deixar de ser
e o inverso que vem...

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