08 outubro 2012

Uma Certeza


certo
é que nasce o sol
e morre
e que nasce a lua
e morre
e que nasce o sol
e morre
e que nasce a lua...
mais que isso?
nem flutua

já quase nada
nada a ser dito.
(ponto)
homens que se acotovelam
se (r)indo
em seu cagar infinito

deixar uma letra que fique
(não-lida)
para que eu não fique em nada
da história
(mentida)
civilizada

escrever
é dizer o quê
a quem?
ser poeta
é desrimar o coração

ser humano
é rimá-lo
com ilusão

7 comentários:

Enigma disse...

Vejo sentido na certeza embora me sinta mais vulnerável a (in)certeza...

Enigma.

Maria Carolyne disse...

Maravilhoso!

Davi Machado disse...

disse tudo.

Ana Bailune disse...

Achei perfeito.

BLOGZOOM disse...

Ola Al Reiffer!
Adorei lhe conhecer.
Estou aqui sorrindo.
Pois aprecio inteligencia e sensibilidade na composição de poesias e poemas.

Não encontrei onde me inscrever via email, mas levei seu link para o Blogzoom (é o meu fofo de quase 4 anos).

Beijos

Milene Lima disse...

Eita! Quando eu crescer quero poetar assim, bem assim.

Bom demais!
Abraços.

MARILENE disse...

Ainda bem que existe a ilusão, mantendo o estímulo quando a realidade produz tantos "nãos". Bjs.