28 agosto 2012

Soneto-Ocaso


derradeira derrocada das massas
pela invicta derrota do que humano
vontades que naufragam ano a ano
em vórtices vazados de não-taças

o infindo decair do que se faça
no em-vão irrevogável do não-plano
a esperança vencida pelo insano
nas vastas pradarias da desgraça

passo a passo de um algo que maldito
sobre as patas-serpentes de um cavalo
entre os olhos sedentos do inaudito...

a nulidade do ato de salvá-lo
dessangra entre vermelhos de infinito
e o Horror levanta a força do seu falo...

4 comentários:

Matheus de Oliveira disse...

Gostei da linguagem sofisticada, densa, de forte expressividade. Ótimo soneto, parabéns!

Márcia de Albuquerque Alves disse...

Você se supera a cada verso!

Dante disse...

Belíssima, e terrível, composição. Perfeito em sua proposta do começo ao fim. Um abraço.

Anônimo disse...

Como disse Matheus de Oliveira:
"Forte expressividade".