aquilo que vês
(seja aqui ou seja ao não)
vês com qual atenção?
tens certeza
que te atentas?
como sabes do teu atento
se nem podes saber
se o que passa
passa lá fora
ou em ti adentro?
o aquilo que julgas
que atentamente olhas
dando de ti teu melhor
é que olha a ti do seu dentro
por um outro olho
que te acerca pelo todo redor
e o que é afinal que adeja
entre o que tua mente pensa
e o que teu coração
deseja?
estar atento
é saber (o) que se pensa e se sente
seja ao momento que for...
quem sabe assim
(e só quem sabe assim)
ainda se encontre
no fundo do poço do que se é
um absurdo chamado amor
Um comentário:
Poema muito bem desenvolvido, de linguagem refinada, e o final nem se fala. Muito bom! Abraços!
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