09 abril 2012

Soneto ao Após

palavra que sinto quando me esqueço
o que é que de ti lembrar-me te faz?
água que alonga ao instante fugaz
nada que traga o meu não ao avesso

seja comigo ao altar do teu preço
verbo-destino que segue-me atrás
silêncio que os muros quebra do mas
sonata que cala ao som do que esqueço

ah se eu corresse em teu rio sempre em chama
íris que fosse no som desta voz
braço sanguíneo que se ergue da lama

verso de nunca que se alta no após
ah se teu quem fosse o onde me chama:
deixa esquecer-me e lembrar-te entre nós...

4 comentários:

Matheus de Oliveira disse...

De uma beleza e de um musicalidade impressionantes,sem falar na densidade da linguagem, muito bom!

Dante disse...

A tua linguagem geralmente não é simples de ser compreendida, porém ela soa como se fosse tão natural e com tanta naturalidade, que deixa uma profunda impressão em que lê, mesmo que não entendamos na íntegra.

Ale disse...

Eu nem sei dizer depois de tantos ''após''

mas espero que esse após passe


*interpretação pelas minhas faltas,



bjkasssssssss

Bete Nunes disse...

Realmente, é tão naturalmente lírico que decifrar o que você escreve é tão inútil quanto tentar.

Parabéns, Reiffer!