12 fevereiro 2012

Sinto o sono que não me dorme

a final
o que é que
não querendo
queres de mim?
que eu nade no mar da tua morte
ou que morra no amar do teu nada?
dera que o sono me caia
como quem nada
e dorme na praia
por que é que faço isso que não fiz?
ah que o meu sempre
é sempre
por um triz

semprei-me de lado  a lado
extremando-me
de extremo a extremo
e de cada lado e de cima a baixo
gosto de vento e veneno...
dera que meu sonho me saia
como aquele único pedido
que me fizeste
em troca de que eu pedisse
quem dera
que meu olhar fechasse
que dormisse outra era
que se te durmo
me sumo
de espera

mas agora
o que é que me acorda?
a corda

3 comentários:

Thaís disse...

"ah que o meu sempre
é sempre
por um triz"


Não se deve retirar trechos de uma obra tão bem escrita e estruturada,é quase um pecado capital,mas foi inevitável fazer isso,esse trecho está por um triz perto da perfeição.

Anônimo disse...

Fiquei sem palavras, simplesmente. Perfeito como sempre, ao meu ver.

abraços e uma ótima semana.

Sandra Gonçalves disse...

Perfeito. Bjos achocolatados