19 fevereiro 2012

Poema Antipático para o Carnaval *

gosto de
de vez em quando
escrever um verso antipático
isso me faz sentir
sendo aquilo que não sou:
um cara prático

gosto de alguns versos ranzinzas
tipo aqueles
de mancha em prazeres
e de ser algo como um relâmpago
pela janela de uma festa...
são coisas como essas
que à poesia ainda resta...

digo coisas
que uma ou outra pessoa
não gosta
mas há certas culturas populares
que para mim
não passam de bosta
e uso de palavras vulgares
porque há tanta gente lerda
que dá vontade
de mandar à merda

e pouco me importa
que venham me criticar
um ou dois
ou dez ou mil
o carnaval
que val
à puta que pariu

 * Este poema foi escrito e publicado originalmente durante o carnaval de 2011. Realizei algumas alterações no poema, e o republico.

12 comentários:

Ale disse...

Hum,

E porque não?

Nem todos gostam da 'folia',

e há os que amam,

Espaço tem pra todos: avenidas lotadas, ou calmaria na sala de sua casa,

bjkas

Davi Machado disse...

Ah! beleza Reiffer!

Unknown disse...

O carnaval em sí pode ser uma festa medíocre, mas ficar em casa no feriado é tudo de bom.

Abraço, ana karoline.

Vampira Dea disse...

Percebo que quando se escreve de algumas coisas que se sente, mesmo que seja antipático fica mais que interessante

Sonia disse...

Perfeito. Adorei! detesto carnaval.

Anônimo disse...

Concordo, com todos os palavrões que usou no poema.
Não gosto de carnaval. Na época de safra com feriado do carnaval ou não eu trabalho do mesmo jeito. Seria melhor até se isso não existisse. rsrsrs.

Abraços e uma ótima semana! =)

disse...

É isso aí,
Odeio carnaval,acho uma chatice.
Há quem goste, mau gosto não se discute..rs

Beijão

Victor Said disse...

Não tenho nenhum problema com palavrões, palavras ou palavrinhas. Até admiro muito a invenção de alguns e o uso desses em certas ocasiões. Um poema vem de dentro do indivíduo, que sempre trás algo que precisa ou está em purificação. Uma espécie de exorcismo. A poesia reside nesses lugares também.

De onde eu venho, a bosta é muito valorizada. Sem ela os campos quais cultivo não seriam verdes nem frutíferos. E provavelmente nem abelhas aqui existiriam. Aprendi ainda cedo com a Vó de Manoel a não desprezar as coisas desprezíveis. Rosas precisam de bosta em seus pés e até mesmo o mais alto arabutã precisa dela. É parte do ciclo natural. E há poesia nisso, eu a vejo assim.

O carnaval é apenas uma festa onde os conceitos ditos morais são postos de lado e as pessoas, livres de todas as amarras criadas por elas mesmas são supostamente esquecidas. Freud ou outro especialista talvez explicará. Já eu, nessa época, descanso.

Passarão-se os séculos e enquanto existir carnaval, alguns, passarinhos serão.

Gosto de sua arte, de seus pensamentos e interpretações. É algo que me tira do lugar, me desequilibra e me proporciona uma reflexão daquilo que eu acredito. Acho isso necessário. Talvez esse seja o meu preço: o pensar.

Belo poema!

angela disse...

O humor é bom demais...adorei.
beijos

Anônimo disse...

Bom dia!!Adorei o seu blog,e obrigada pelo carinho.
Já estou te seguindo beijos.

Anônimo disse...

Perfeito! odeio carnaval.
bjus!

Bete Nunes disse...

Adoro carnaval! Quatro dias em casa, descansando, lendo, vendo filmes, escrevendo, ou em simples silêncio...
O trânsito aqui fica ótimo, a avenida onde moro fica um sossego. Carnaval é tudo de bom! rs...