01 dezembro 2011

Música que se Água

música que se  água
deixo-te que o silêncio sangue
no dizer que meu olhar que morte

o tudo que te busco é longe
sol segredo que se esvai em lábio
quando em sublime
não me sinto simples

um horizonte longo
sabe do que penso
pulso que me vaga nas auroras
quando me vejo sendo
o sempre que não tive

lago de esperança
que se abisma ao alto
onde uma nota violinou-me o olho
e rubrou-me a fúria
que beijar me (e)leva

o caminho em asas
pelo todo e onde
onde Beethoven relampejou meu nada
deixa-me ver o que Som
noite que me alaga alada
deixa-me ser o que Sou...

5 comentários:

NVBallesteros disse...

Me gusta como suena esta música que baila entre tus letras.......


Besos

Lucas Repetto disse...

Belo, circular, singular!

Desgrenha a mente teu poema!

Anônimo disse...

Se assim for, deixo-te ser o que és! Belíssimas palavras, uma canção. Uma bela canção! Sempre me encanto ao passar por aqui. Escrever é seu dom mais precioso. Ouse sempre!

Um beijo carinhoso ;)

Pássaro de Fogo disse...

Que poema belíssimo, demais! Quanta criatividade e imaginação... Amei! Bjos!

Bete Nunes disse...

Sempre me chamou a atenção essa troca de classificação das palavras. Você, sublimemente, transforma substantivo e adjetivo em verbo, advérbio em substantivo, adjetiva o substantivo, substantiva o verbo, num jogo poético com as palavras que você sempre ganha. O resultado é um 'Eu Lírico' denso, profundo, sensível.
Parabéns, poeta.

Beijos.