25 novembro 2011

Nada-me

agora que nada
nado-me
e o nada mais
mais resta
nada mais
há mais
e não há
a ser dito
bem dito
o meu ser
que nada mais
ao mar que minto
o que (não) sinto
barco de resto
de arrasto
desisto
mau quisto
e odiado
agora que alado
e ao lado
mau fado
nau-fada
sem deixar rastro
me afasto
de mundo
pro fundo
aos nados
te infesto
em riste
de espada...

de resto?
mais nada.

6 comentários:

Unknown disse...

EXCELENTE!

Reiffer!

Você sabe brincar com as palavras e dar conteúdo ao poema!

Fico fascinada!

Beijos

Mirze

Bete Nunes disse...

E tudo acaba como começa Guimarães Rosa: Nonada. Perfeito!

beijos.

Sara Lupeti disse...

Nossa cada vez mais Fã digamos assim deste blog ^^.

Gosto do jeito em que você distribui cada palavra ... Beijos

Vampira Dea disse...

Pois é poeta, somos todos um bocado de nada rsrsr

NVBallesteros disse...

lo peor es no darse cuenta cuando algo termino....


besos

Risco disse...

E você pelo que me parece esta todo nestes versos bem compostos e cheios de alma!