03 abril 2011

e Quieta e Lenta...

infiltrando-se pelas avenidas
da degradação das metrópoles
e rastejando pelos corredores
da decadência das instituições
ela penetra na toca dos tribunais
exala seu cheiro úmido
na espuma do balbuciar das autoridades
e se ouve seu hipnótico mantra
perfurando com peso imperceptível
o vácuo das declarações dos políticos...

abrindo caminho pela sala das universidades
e lambendo com língua lânguida
as lépidas teorias dos intelectuais
ela vai formando ser círculo cíclico
e entre as máquinas das indústrias e usinas
e quieta e lenta no silêncio dos laboratórios

enroscada

ela já prepara seu bote
e o fim da picada...

7 comentários:

Unknown disse...

ARRASOU, Reiffer!

Essas serpentes estão sempre presentes em nosso mundo atual.

Excelente!

Beijos

Mirze

Unknown disse...

ARRASOU, Reiffer!

Essas serpentes estão sempre presentes em nosso mundo atual.

Excelente!

Beijos

Mirze

Vampira Dea disse...

Realmente a melhor vestimenta pra tudo isso, serpentes que derramam veneno. Vc como sempre perfeito.

Sandra Subtil disse...

Engraçado que ao ler o teu poema me veio à ideia a justiça em Portugal!
Abraço

CARLA STOPA disse...

Enroscada, se farta de hipocrisias e se agiganta e nos devora lentamente...Indiscutivelmente belo...Minha admiração.

angela disse...

Elas sempre chegam.
Gostei do leve humor no fim da picada...
beijo

Ingrid disse...

sempre forte e intenso.. real e perfeito!
beijo Reiffer