21 agosto 2010

... da Arte

os cintilares venuscêntricos das flores
extirpados pelas foices das queimadas
foram magos fulgurar no intocável
da tua aura:

nem tudo foi despido...

as sinfonias enigmáticas das aves
amordaçadas pela censura das lavouras
foram altas concertar no indizível
da tua voz:

nem tudo foi ferido...

os infinitos astrocósmicos dos céus
enfumaçados pelos vapores do progresso
foram claros refletir pelo intangível
dos teus olhos:

nem tudo é esquecido...

os sentimentos arquetípicos dos seres
estrangulados pelo vazio dos nossos tempos
foram vivos sublimar pelo inefável
da tua alma:

nem tudo está perdido...

5 comentários:

Michelle C. Buss disse...

SUBLIME!

Patrícia Garbuio disse...

Sempre tão cheio de sentimentos...é bom pensarmos que nem tudo está perdido!
Parabéns!bjssss

Anônimo disse...

Seu lirismo tem uma força intangível!

Beijo.

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Meu querido Poeta
Ler a tua poesia é ir ao infinito, eu adoro.

Beijinhos
Sonhadora

Lau Milesi disse...

Olá, como vai? Inicialmente,agradeço sua visita e devolvo o elogio: belíssimo seu blog. Parabéns!!Quanto ao seu poema, um primor de construção.
Lindo e intenso.

E.T. Reiffer, estou chegando ao seu blog e vi que você tem um livro publicado.Meus cumprimentos.
Publiquei um post sobre livros, que serviu de gancho para recomendar alguns amigos escritores e homenagear um leitor querido que lançou ontem seu livro eletrônico na Bienal de São Paulo. Vou acrescentar seu blog, tá?

Um abraço
Lau