25 julho 2010

Poema de Amor?

Mas o que seria um poema de amor?
Esse amor que é o teu não é o mesmo meu...
Longe de tudo paira essa palavra vária
Horizontes sem fim é sua morada-enigma
Onde nunca rastejam tais amores
Ridículos...

Não me venham com apaixonites sentimentalóides
Apegos de fraqueza e egoísmo
Ondas inconstantes de desejos carentes...

Escrevam outros poetas poemas de amor
Sábios que forem melhores que eu
Cansei de dizer o não-dito-impossível
Regando de sangue o negro do lodo
Em que pisam as patas dos porcos...
Vou reservar ao silêncio este átomo
Em que um dia julguei-me sublime...

Lá, só no Nada-Vazio, é que nada
O Amor.

10 comentários:

Ribeiro Pedreira disse...

amores são possíveis e passíveis de fim.

LIFE Graciela Bacigalupe disse...

bellísimo, con ese estilo que tienes que me encanta...Tus palabras profundas tus cuestionamientos,tus reflexiones,llegan a lo profundo del alma de quienes tenemos el privilegio de leerte. Un gran abrazo con toda mi admiración!

Richard Mathenhauer disse...

Um dos seus melhores versos.

Com admiração,

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Meu querido
Poema sublime.

Lá, só no Nada-Vazio, é que nada
O Amor.

Essência do todo

Beijinhos
Sonhadora

Alberto Ritter Tusi disse...

Foda.

Anônimo disse...

Poema de amor sem derretimento, nu e cru. Precisamos destes.

Beijo.

Marcantonio disse...

Acróstico-manifesto? Crítico e desiludido. E muito bom.

Abraço.

Cris de Souza disse...

Bacanérrimo!

Michelle C. Buss disse...

Adorei esse poema! e obrigada por visitar meu blog! e obrigada pela visita de hoje a tarde :)

Agnes Mirra disse...

Amor é tudo isso e algo mais... Adorei, senti-me espancada ao ler! Perfeito, Amigo!