30 dezembro 2009

Soneto ao Não

o longe além dos dias que não vieram
veem como se eu não estivesse cá
todas esperanças que não me deram
é aquela estrela que não está lá

a estrela olho com olho que não é
no alto em promessa como um não perdida
e o seu não fitei com imensa fé
na janela que não foi construída

e a luz que desce ao não ser da janela
vem não a mim em sim de solidão
à chama em não ter aceso uma vela

em paz não beija a minha alma emoção
e me vou sonhar-te em não voo com ela
até os céus de um catastrófico Não

Um comentário:

Metáfora do Tempo disse...

Altamente expressivo e celestialmente trágico!