06 novembro 2009

Última Chance

preciso de mais uma chance
ao meu último adejo de asas
pra voar à Torre de Vênus
que quase cheguei há algum dia

ah! que eu quase fui alto na noite
ah eu quase passei do meu fim
eu quase beijei nos teus olhos
quase olhei nos teus lábios

mas caiu-me a lua em pedaços
mas quedou-me quieto teu canto
mas um raio incendiou-me de asas
mas um fogo encheu-me de sangue

que eu... e agora que tudo se oculta?
eu.. e agora que estrelas se inflamam?
e agora que matam-se os loucos?
agora no último lance?

preciso
da Última Chance...

Um comentário:

Anônimo disse...

Há uma profunda sensação de inquietação neste poema. Muito expressivo.

André Vieira