03 outubro 2008

Homenagem

Meu grande amigo Oracy publicou mais uma homenagem a mim no jornal Expresso Ilustrado (o jornal de melhor conteúdo do Estado, diga-se de passagem). Agradeço então ao nosso maior poeta pela sua imensa preocupação comigo e por mais essa demonstração de como sou importante para ele, dedicando seu precioso tempo para me engrandecer perante a culta população santiaguense, tempo esse que ele poderia ter destinado a domar pulgas, por exemplo. Abaixo, está mais uma pérola de Dornelles:

"Vem de novo o exu sem mácula,
Poe dos pobres, nauseabundo,
Vem pregando o fim do mundo,
Esse Mordomo do Drácula."

Permita-me, amigo Oracy, uma pequena análise, nunca uma crítica. Vejamos o termo, "exu sem mácula". Incrível, sou algo absolutamente original, um exu puro, sem mácula! Isso existe? Só mesmo eu, gênio da literatura fantástica, para ser algo que não existe.

Agora, analisemos "Poe dos pobres". Nossa, Oracy, eu não mereço tanto. Comparar-me a Poe! Não chego nem aos pés de Poe, e o meu amigo me chama de Poe dos pobres, ou seja, sou o Poe do Brasil, dos brasileiros!!! Meu Deus! Assim vou ficar "me achando".


"Vem pregando o fim do mundo"... Quase isso: alerto sobre o fim dessa humanidade. Mas eu entendo, para um neoparnasiano como meu amigo Oracy, a rima está acima de tudo, tem que rimar com "nauseabundo."

E, finalmente, "Mordomo de Drácula". Bem, esse meu título já é clássico, já virou lenda, tanto que sou Mordomo com letra maiúscula. É a força da poesia de Oracy. Apenas uma correção, se me permitir, amigo: Drácula não tinha mordomo, é só ler o livro de Bram Stoker. Que pena, meu sonho era ser mordomo dele...

Ah, só não gostei duma coisa: essa rima de "Drácula" com "mácula", já está muito batida, é a 3ª vez que você a usa, Oracy. Que tal da próxima vez usar gárgula no lugar de mácula? Eu sei, não é perfeita, mas semanticamente ficará mais próxima de Drácula. Mas por favor, use Drácula, não posso deixar de ser seu mordomo.

Obrigado, Oracy, muito obrigado! Eu me divirto muito com você, sem dúvida, é merecido seu trono em Santiago: nosso maior piadista. E de lambuja, dono de um útil e expressivo circo, idolatrado pela profundidade da mídia. Definitivamente, o mundo precisa dessas comicidades. O que seria do mundo sem seus poemas morfológicos, por exemplo? Neles você usou a linguagem mais moderna possível, a saber, o miguxês, que é aquela com que os miguxos da internet se comunicam, enchendo as palavras de frescuras ultramodernas. Até pensei em fazer um poema para você, Oracy, mas não tenho talento suficiente, fiquei só no título, que seria: "Orassyh, mheuh mhayor mhyghuxu". Habhrassoz!

7 comentários:

Ana disse...

Só tenho um comentário: ASIOFHIODFHOSDIFHOSDGFIOGSDFIOGDSFIOHSDFOIHOISDFHIOSDHFIOSHDFIOSDHFIOHSFUGSDFUIGSUIVGFUSIGFSUGFUISGDFOSGDFISGF

Chega! Adoro esse tipo que precisa se afirmar falando mal dos outros, me divertem bastante!


Abraço

Alberto Ritter Tusi disse...

Hahahahahahahahaha!!

Depois do poema dos oito chachorros eu desisti de tentar ler Oracy Dorneles.

Unknown disse...

Não esquenta a cabeça.

Al Reiffer disse...

Capaz, Júlio, estou me divertindo, hehehe!

Douglas disse...

Faltou uma homenagem ao amigo Oliveira também, mas, esse é outro ninja que não merece tão desperdício de tempo.


Douglas Moiano

Anônimo disse...

Amigo Reiffer...
Mordomo de Drácula, deve ter ti conhecido em alguma outra existência...
Uma resposta a altura...
Abraço,
Pijuán

Nei Colombo disse...

O que tenho a dizer é que Arte não pode ser avaliada, ela e quem a produz têm valor em si mesmos. Portanto que cada um faça o seu tipo preferido de arte.
E parafrasenado Nietzsche: "Temos a arte para que a realidade não nos sufoque."

Um Abraço ao amigo Reiffer e siga tua nobre produção artística.