22 novembro 2007

Minha Absurda Lira

minha lírica de adeus e crepúsculo
vê sóis naufragando nas torres
das torres partem olhos e pios
de corujas com asas de sangue
que gotejam nas luas de fel
como beijos que sonham e morreram
altas mortes de tudo que foi
tu não vieste nas asas das íris
tu não viste minha alma de fim
gritos da noite caídos de luz
ciclones de anjos rezando desgraças
a roxo navio que afunda no céu
céu de tormenta que canta em tua boca
tudo que vai que se perde se finda
dança um azar no lábio no mundo
fogo em promessas de três Prometeus...

quando tua face olhará no meu sono
e na minha lira de ocaso e adeus?

2 comentários:

Walmir disse...

absurdas liras. qual poeta não sente assim quando as dispara? Linda imagem, reflexão e ritmo. Escolha afinada de palavras e sons. Cada vez melhor.
Gostei muito.
Paz e bom humor
Walmir
http://walmir.carvalho.zip.net

Anônimo disse...
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